quarta-feira, abril 13, 2005

frança vs. google / nov@s cruzad@s

através do abrupto, recém-regressado do meio do mar e basalto (galápagos? açores...), dois membros do middle-star-system (o primeiro mais inteligente que o segundo) dão conta da historinha -- e onde o nosso (meu) tom azedo costumeiro da altura só conseguia descobrir desconfiança nas capacidades francesas (europeias), vem o zépp encontrar chauvinismo e o seu amiguinho xenofobia...

[pronto, aceito o chauvinismo estritamente aplicado: patriotismo exagerado; amor exaltado à grandeza da pátria; do fr. chauvinisme, de Nicolas Chauvin, soldado de Napoleão tomado como tipo de patriota fanático]

mas, sendo inegável o estatuto indiscutível do inglês-língua-franca de hoje, e dando de barato que a "internet" é uma invenção estado-unidense-americana (que não é), sempre me apetecia saber porque é que o simples propósito não de contrariar mas de contrabalançar a hegemonia anglófona há-de ser mau em si mesmo.

ou não era isto a agenda de lisboa?


mais idiotices:

e a Biblioteca Nacional, ali ao Campo Grande, está atenta a este movimento?

e o depósito legal de conteúdos internéticos que o zépp queria, também tem de ser feito na américa, pela américa e para o mundo?

o nível da discussão self-centered: Excuse me, how many readers do we have in German and French? I could understand Spanish, but French??? Why, instead of trying to raise funds from a slupmed and impoverished Europe, don't they get more of their French and German stuff translated into God's other languages?

uma pérola da sempre excelente revista de referência liberal (?): Protecting France's tongue from its citizens' inclination to adopt English words is an ancient hobby of the ruling elite. The Académie Française was set up in 1635 to that end.

a descontextualização: The flaws in the French plan are obvious. If popularity cannot arbitrate, what will? Mr Jeanneney wants a “committee of experts”... é certo que o senhor director da bnf não sabe bem o que fazer, mas espero que já tenha ultrapassado esta fase. não havendo dinheiro para tudo (e a economist devia sabê-lo, já que defende isso mesmo), a selecção das obras a digitalizar é que deverá passar por um "comité de sábios"...

já o pagerank do google, e a sua capacidade de armazenar/pesquisar/organizar informação, tenho cada vez mais dúvidas... todas as alternativas são bem-vindas.